Confirmada, Fortaleza será a primeira equipe do Nordeste na história do NBB
Como alguns de vocês já deve saber, Fortaleza será a primeira equipe do Nordeste a jogar o NBB. Em sua quinta edição, a principal competição nacional de basquete recebeu o projeto capitaneado por Alberto Bial (foto), analisou e, por unanimidade do Conselho de Administração da Liga Nacional de Basquete (LNB), aprovou a entrada do novo franqueado (leia mais aqui). Antes da minha opinião, que darei no post de amanhã, vamos a alguns pontos importantes.
Conversei com Alberto Bial ontem à noite (ele estava feliz demais e foi bem bacana ouvir a sua empolgação), e ele confirmou nove atletas: os armadores Davi Rossetto e Matheus, os alas Jimmy, Rogério, André Goes e Schneider, e os pivôs Drudi, Felipe e Adriano (dois estrangeiros ainda podem chegar, de acordo com o treinador).
Com patrocínio da Sky e do Governo do Ceará, o projeto terá três anos de duração garantida, categorias de base, equipe Sub-22 e núcleos sociais em escolas e quadras públicas (o orçamento, e isso não é informação dele, mas de outra fonte, é de cerca de R$ 3 milhões/ano). Além de Bial, estão confirmados na comissão técnica Espiga (ex-assistente dele em Joinville) e Marcelo Bunte, o Tchelo, responsável pelas divisões de base do Fluminense por muito tempo (este um abnegado do esporte que merece um baita reconhecimento!).
Pouco depois falei com Kouros Monadjemi (foto à direita), presidente da Liga Nacional. Ele me passou as seguintes informações (atenção):
1) Fortaleza não foi convidada. Ela apresentou um projeto, que foi avaliado pela Liga e aprovado em seguida. Não houve (e insisto neste ponto) convite para clube algum.
2) Sobre o tão falado Ribeirão Preto, são casos diferentes, segundo Kouros. Chaim Zaher não apresentou projeto, teve a chance de comprar uma franquia (Araraquara) e não o fez. Está fora.
3) Regra importante aqui: a partir de agora, os finalistas da Super Copa Brasil não terão acesso garantido ao NBB. Eles jogarão um mata-mata contra os dois piores do NBB5. Se vencerem, têm as vagas.
4) O limite imposto pela LNB de 50% das vagas para um mesmo estado (no caso, São Paulo) também morre. Se dez clubes paulistas quiserem entrar na Liga, e tiverem condições pra isso, vão entrar.
5) (Para mim, o ponto mais importante) A segunda divisão do NBB, anunciada no Jogo das Estrelas, foi postergada. Não começará mais em 2012-2013, mas sim em 2013-2014. Os vencedores, portanto, só jogarão no NBB7. Por isso, segundo Kouros, a entidade ainda precisa, e deve, ouvir projetos como o de Fortaleza. Como não há divisão de acesso, entra quem a Liga acha que cumpre os requisitos dela.
6) Segundo Kouros, a segunda divisão precisou ser adiada porque alguns times ainda passam por péssimos bocados financeiros. O Tijuca está ameaçado de não jogar o NBB5 (leia aqui), Limeira quase ficou de fora, Vila Velha está sempre com a corda no pescoço e Araraquara fechou as portas. Enquanto, segundo ele, não houver 14, 16 clubes seguros, em condições ideais, lançar um outro campeonato pode ser prejudicial ao NBB. Mas Kouros colocou o limite de lançar a competição junto com o NBB6.
7) De acordo com Kouros, patrocinadores de peso, a entrada no Nordeste, um projeto de longo prazo que engloba alto rendimento, divisões de base e trabalho social, e um ginásio provavelmente cheio e em boas condições (o Paulo Sarasate tem capacidade para 8 mil pessoas) foram pontos que contaram na escolha da cidade cearense.
8) Por fim, Kouros disse que o crescimento técnico é o principal ponto que será trabalhado pela Liga para o NBB5. O nível dos jogos, e isso eu canso de repetir por aqui, ainda, na palavra do presidente, precisa evoluir muito. É ótimo que Kouros pense assim, de verdade!
E você, o que acha da entrada de Fortaleza no NBB5? Comente na caixinha!
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